sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A PcD, idosos e idosas e a Tecnologia Assistiva

A Pessoa com Deficiência, idosos e idosas e a Ciência e a Tecnologia
Não é utopia acreditar que em futuro não muito distante a maioria das pessoas que hoje sofrem restrições por efeito do envelhecimento, acidentes e doenças terão soluções que lhes deixarão quase “novas”.
Óculos[1], por exemplo, é um conjunto de soluções técnicas, Tecnologia Assistiva, que devolvem a uma parcela significativa da população humana a capacidade de viver sem grandes restrições. Seria extremamente importante para todos os pesquisadores e seres humanos em geral imaginarem como seria a vida humana sem essa maravilha criada pela inteligência que alguns possuem sobre o pescoço e gênios em passado remoto, apesar das limitações tecnológicas, foram capazes de criar.
Agora cirurgias corretivas conseguem resultados espetaculares, livrando as pessoas desse instrumento de inclusão social, cultural, profissional etc.
Estamos vivendo numa época de deslanche acelerado da Tecnologia graças a novos conhecimentos científicos e a transformação dessa cultura em soluções, produtos, sistemas etc. A Humanidade acumula aceleradamente informações e competências que só precisam de algum ordenamento para serem realmente úteis à sobrevivência do “homo sapiens sapiens”. Infelizmente, dentro da lógica “cada um por si e Deus por todos” prevalece o império dos rituais, rezas e templos onde a ordem é a bajulação a um ser superior e simplesmente ignorar o próximo, quando muito dando-lhe alguma esmola ou algo que não serve mais...
A esperança é a evolução ética, não simplesmente as famosas éticas corporativas, feitas para encher quadrinhos, mas a ética do espírito, do coração, algo que vimos na obra de muitos filósofos e profetas lembrados apenas para ilustração de piedade.
Uma esperança é a solução provável na área de processamento de dados. Dizem que dentro de um quarto de século um Centro de Processamento de Dados de primeira linha será capaz de compilar todas as informações geradas na Terra, diariamente. Se isso acontecer existirá a possibilidade de se criar relatórios especiais mostrando onde atuar e quais caminhos terão maiores chances de sucesso. Ou seja, o que não temos será suprido por computadores e sistemas de informação, a capacidade de digerir de forma objetiva todo o conhecimento humano com rapidez e eficácia.
Isso tudo autoriza-nos, inclusive vendo o progresso tecnológico atual, a imaginar o empoderamento da Humanidade para a solução de seus problemas, entre elas a inclusão de todos à sociedade regular, sem dependência de favores e privilégios.
No Brasil, a favor das pessoas com deficiência agora dispomos de um programa nacional extremamente importante, o programa [ (Viver sem Limite),  (Governo lança Viver sem Limite, 2011)]. Apesar de seu potencial temos a impressão de que seu aproveitamento é pífio, talvez diante da burocracia típica dos serviços públicos e também, o que conhecemos bem, da alienação daqueles que poderiam decidir e fazer muito mais.
Precisamos, portanto, estimular ações e reflexões.
Esse é o objetivo do 1º. Seminário de Tecnologia e Acessibilidade a se realizar em Curitiba, começando no dia 16 na Boca Maldita (em frente à C&A) com uma teatralização da situação das PcD e idosos e idosas a se viabilizar graças ao apoio do SIANEE/UNINTER, por exemplo, assim como do CL Irajá de Brito Vaz, ex-secretário da (Secretaria Especial dos Direitos daPessoa com Deficiência) e companheiros de muitas lutas, assim como a realização de dois dias de palestras e debates no IEP devidamente reformado para garantir acessibilidade (exceto em frente ao prédio, há anos esperando autorização da PMC para correção de riscos causados pelo famigerado “petit pavê”).
O Programa é fascinante, até por que o esforço foi de trazer especialistas locais, que estarão nos dias 17 e 18 apresentando suas análises e propostas (1º Seminário de Tecnologia e Acessibilidade, 2013).
Note-se que Curitiba contém muitos centros de P&D e uma coleção de empresas em condições de fazer muito. O que falta a todos é a percepção deste universo de oportunidades que só cresce, esperando nossos cientistas e empresários para o aprimoramento da dignidade humana e qualidade de vida.

Cascaes
11.10.2013

Governo lança Viver sem Limite. (17 de 11 de 2011). Fonte: Presidência - Casa Civil: http://www.casacivil.gov.br/noticias/2011/11/governo-lanca-viver-sem-limite
1º Seminário de Tecnologia e Acessibilidade. (11 de 10 de 2013). Fonte: IEP: http://www.iep.org.br/index.php/2-uncategorised/1342-1-seminario-de-tecnologia-e-acessibilidade
Secretaria Especial dos Direitos daPessoa com Deficiência. (s.d.). Acesso em 6 de 4 de 2012, disponível em Prefeitura de Curitiba: http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/equipe-sedpd-secretaria-especial-dos-direitos-da-pessoa-com-deficiencia/7
Viver sem Limite. (s.d.). Fonte: Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-description%5D_0.pdf





[1] A palavra óculos surgiu com o termo ocularium, na Antiguidade Clássica. O termo era utilizado para designar os orifícios das armaduras dos soldados da época, que serviam para permitir que os mesmos enxergassem. Somente no século I d.C surgiram as primeiras lentes corretivas, que eram feitas com pedras semipreciosas cortadas em tiras finas e davam origem aos óculos de grau para perto. Tudo isso se deve ao matemático árabe Alhazen, que, perto do ano 1000 d.C., formulou uma teoria sobre a incidência de luz em espelhos esféricos e como isso reagia no olho humano. Os monges eram, sobretudo, os mais beneficiados com o objeto, por passarem horas trabalhando nas grandes bibliotecas da Europa. Em 1270, na Alemanha, foram criados os primeiros óculos com aros de ferro e unidos por rebites. Eram semelhantes a um compasso, porém não possuíam hastes. Os modelos que foram mais usados no século XV eram o Pince-nez e o Lornhons. Porém, eles ainda não possuíam hastes fixas, sendo que a mesma só passou a surgir no século XVII, e era usada para se apoiar às orelhas. No Brasil, os óculos surgiram no século XVI, com a colonização portuguesa, e eram usados principalmente por religiosos (em sua maioria jesuítas), funcionários da coroa portuguesa, colonos abastados e homens de letras. Uma antiga referência histórica sobre a existência dos óculos remonta aos antigos egípcios no século V a.C., que retratam lentes de vidro sem grau. As primeiras referências sobre a existência óculos bifocais datam de 500 a.C. e foram encontradas em textos do filósofo chinês Confúcio. Nessa época, eram apenas um adereço pessoal. As lentes eram de vidro, mas não tinham grau.1 Foram as experiências em óptica de Robert Grosseteste e seu discípulo Roger Bacon que levaram à invenção dos óculos modernos. Em 1284, as guildas de Veneza já os mencionavam e durante o século XIV o fabrico de óculos popularizou-se por toda a Europa. Nem sempre os óculos foram fabricados com a forma com que são conhecidos hoje em dia. No século XIX era possível encontrar com mais facilidade que hoje os monóculos (apenas uma lente oftálmica) e, também, as lentes sem armação. Em 1785 Benjamin Franklin inventou os primeiros óculos bifocais, com duas lentes a frente de cada olho unidas pela armação, possibilitando enxergar de longe e de perto em um único acessório. Graças à utilização de matérias-primas mais baratas para sua produção e o grande avanço da tecnologia, hoje em dia existem os mais variados tipos de óculos, de diferentes tamanhos, cores, estilos, e para os mais variados gostos. Wikipedia

Nenhum comentário:

Postar um comentário