sexta-feira, 30 de março de 2012

Defesa da dissertação de Mestrado da Lumiy em 29 de março na PUC



Manifestações da Banca Examinadora da Dissertação da Lumiy





A situação do pesquisador e sua frustração pela falta de recursos e o objetivo principal da dissertação da Lumiy

Final de avaliação e comentários após apresentação da Dissertação de Mestrado da Lumiy



Avaliação da Banca Examinadora - Dissertação de Mestrado



As escolas e universidades especiais

Quem trabalha em manutenção na área de serviços essenciais ou produtos de alto risco sabe que diante de algum problema a prioridade absoluta é fazer a “coisa” funcionar, não perder tempo com muita discussão. Para isso é fundamental ter-se uma boa equipe, a melhor possível, super-bem treinada, equipada e disposta a trabalhar de qualquer jeito nessa atividade.
No nosso caso, quando atuamos em sistemas de geração e transmissão de energia elétrica em alta tensão (não em distribuição urbana) saíamos de Curitiba sem saber quando voltar, tendo a compreensão de que o fundamental era fazer as subestações e usinas funcionarem. Uma vez operando, tinha-se o resto do tempo para substituir ou arrumar melhor as soluções provisórias. O fundamental, contudo, era ter resultados positivos, deixar o sistema funcionando e prepará-lo para suportar os desafios normais ou mais violentos que deveriam enfrentar.
Em discussão recente sobre uma escola especial em Curitiba revimos na memória aqueles anos de trabalho pesado. O serviço de manutenção não dá medalhas, diplomas ou discursos de inauguração, assim pode-se dizer que o time dessa área é mal pago, até visto com maus olhos por aqueles que no fundo foram os responsáveis pelos acidentes, o pessoal que produziu e festejou “soluções” e instalações mal projetadas e/ou mal feitas.
Manutenção não é fácil. Manter algo importante, mas difícil por efeito de algum acidente, porque precisa cumprir suas funções com eficácia e segurança, um desafio maior. Corrigir, recuperar, tornar funcional qualquer equipamento, obra ou, principalmente, seres humanos é uma atividade nobre que carece de atenção adequada pelos grandes chefes.
A alienação social e política é a maior praga de nosso país.
Assim são os dramas de algumas escolas para crianças, jovens e adultos com deficiência(s).
Por azares da vida, alguns seres humanos precisam de tratamentos e cuidados além da média dos mestres de escolas regulares, mais ainda, com recursos que nem suas famílias possuem. São uma mistura de clínicas, albergues e escolas para futuros cidadãos inseridos na vida comum, se possível.
É sempre bom lembrar que a maioria das lesões não existiria se a nação há muito tempo tivesse mais cuidado com as gestantes, com o trânsito, os “remédios” perigosos etc. e se a violência se resumisse a brigas ingênuas entre torcedores de futebol.
Precisamos de escolas especiais e é importante que todos saibam que nenhuma família está livre dessa hipótese.
A epidemia “drogas”, por exemplo, está criando outra espécie de demanda, a de reformatórios especializados, clínicas com formato adequado para proteger crianças e jovens vítimas dessa autêntica praga nacional.
Em níveis maiores carecemos de polos dedicados às pessoas com deficiência, a indivíduos com doenças lesionantes, onde professores (mestres, PhDs, pesquisadores, técnicos) se dediquem em laboratórios e clínicas especializadas, inseridas em universidades ou, melhor ainda, em universidades especiais, a oferecer profissões, cursos de extensão, produzir pesquisas e desenvolvimento de produtos (próteses, orientações técnicas, avaliação de soluções e soluções a favor da PcD etc.), a preparar outros professores e, enfim, diplomar PcDs em profissões comuns.
Poderíamos até estar conformados com tudo o que existe, mas quando vemos a disposição do Governo, em todos os níveis, em apoiar o futebol profissional, criando até loterias que em outros países (Espanha, como exemplo) levantam fundos para a educação especial, simplesmente ganhamos raiva, revolta contra aqueles que decidem (Dilma intervém para evitar atrasos na Copa). A Copa do Mundo de 2014 é prioritária? Devemos respeitar as exigências da Fifa, produzidas em tempos de vacas gordas? Não seria o caso de baixar a bola desse pessoal? Não seria o caso de deixar esse caminho para a famosa “Iniciativa Privada”? Nossas prioridades são essas? Não existe gente pobre no sul do Brasil?
Não importa que os estudos de viabilidade estejam superados. A cobrança em direção a despesas bilionárias a favor da FIFA e dos circos (ou arenas) para os brasileiros e mochileiros, que nos visitarão, está em curso (Cascaes, Copa do Mundo e soluções discutíveis), com o apoio entusiástico da mídia privada, uma grande beneficiária desse “esporte da cerveja e televisão” com sequelas enormes graças ao vandalismo de fanáticos.
Podemos investir mais nos processos de inclusão das PcD, ainda que em prejuízo do futebol espetáculo, por exemplo.
Por que não dedicarmos parte da receita dos jogos de azar à educação para inclusão? O exemplo espanhol é magnífico, onde a Fundação ONCE (El objetivo principal de la Fundación ONCEconsiste en la realización de programas de integración laboral-formación y empleo para personas discapacitadas, y accesibilidad global, promoviendo la creación de entornos, productos y servicios globalmente accesibles), com 3% da renda bruta dos jogos de azar mantém um trabalho extraordinário (Presentación) : “La principal fuente de financiación de la Fundación ONCE para cada ejercicio proviene del 3% de los ingresos brutos obtenidos con la comercialización de los juegos de azar de la ONCE. Esta cifra supone un euro de cada tres de los que la ONCE dedica a servicios sociales.”
Vemos, perplexos, os lucros estratosféricos dos bancos (Lucro 2010) e o dinheiro monumental que o Governo corta do seu orçamento (Fariello, 2011) para pagar e conter uma inflação causada, agora, pela exportação de alimentos e perdas de couves e alfaces em períodos de chuva, aumentando os juros, dizendo que é para conter a inflação. Os bancos pagam quanto de imposto de renda?
Insistindo, repetindo, berrando: por quê não se criar um fundo inteligente e realmente substancioso a favor da PcD? As leis são de pouca utilidade se não dispormos de obras, projetos e recursos em abundância para garantir a inclusão urbana e escolar da pessoa com necessidade(s) especial. Note-se que a gravidade do problema cresce com o grau de pobreza das famílias.
Assim, podemos e devemos lutar pelas escolas especiais, Universidades Especiais (Cascaes) e recursos de P&D (Cascaes, E a pessoa com deficiência?) a favor das pessoas que dependem de soluções para melhorarem seus padrões de inclusão nas escolas e na sociedade em geral.
Cascaes
25.2.2011

Cascaes, J. C. (s.d.). Acesso em 28 de 12 de 2010, disponível em Universidade para os Surdos do Brasil: http://universidadeparaossurdos.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (s.d.). Copa do Mundo e soluções discutíveis. Acesso em 25 de 2 de 2011, disponível em Mirante pela cidadania: http://mirantepelacidadania.blogspot.com/2010/09/copa-do-mundo-e-solucoes-discutiveis.html
Cascaes, J. C. (s.d.). E a pessoa com deficiência? Acesso em 25 de 2 de 2011, disponível em Pesquisa e Desenvolvimento no Paraná: http://pesquisa-e-desenvolvimento.blogspot.com/2010/12/e-pessoa-com-deficiencia.html
Fariello, D. (9 de 2 de 2011). Governo corta R$ 50 bilhões do Orçamento 2011. Acesso em 25 de 2 de 2011, disponível em Economia: http://economia.ig.com.br/governo+corta+r+50+bilhoes+do+orcamento+2011/n1237996127243.html
Luciano Máximo, C. A. (15 de 2 de 2011). Dilma intervém para evitar atrasos na Copa. Acesso em 2011 de 2 de 25, disponível em Luis Nassif Online: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/dilma-e-os-atrasos-da-copa-do-mundo
Lucro 2010. (s.d.). Acesso em 2011 de 2 de 25, disponível em Federação dos Bancários do Paraná: http://www.feebpr.org.br/lucroban.htm
Presentación. (s.d.). Acesso em 25 de 2 de 2011, disponível em Fundación ONCE: http://www.fundaciononce.es/ES/QuienesSomos/Paginas/presentacion.aspx

Renovação de concessões e cidades inclusivas

Felizmente estamos nos aproximando do período de renovação de concessões, negociadas há alguns anos. Ótimo!
Para o povo o fundamental é a qualidade e custo dos serviços, o resto é secundário. Tivemos discussões ideológicas e corporativas, e o que isso afeta os brasileiros?
Esperávamos que as estatais fizessem mais pelos seus clientes, não foi bem isso o que descobrimos. Agora estamos chegando num momento de negociação, quando muitos aspectos mal definidos poderão ser corrigidos.
O cacoete das crises contínuas e da miséria, que se resolve principalmente com investimentos em Educação, deu ênfase às tarifas e valorizou demais a famigerada lei federal 8666/93.
Por favor, fujam da ideia reducionista da tarifa baixa.
Para muitas atividades as tarifas mínimas representam desperdício e indolência tecnológica. Pior ainda, a utilização de recursos naturais para indústrias que os países mais desenvolvidos exportaram e agora exaurem nosso potencial energético e ambiental. Faltou critério estratégico a favor do Brasil na criação dos modelos de concessão existentes.
Precisamos de qualidade e segurança. Nas cidades a mobilidade, a inclusão, a essencial autonomia e a proteção de todos os seus habitantes dependem de investimentos, mudanças de tecnologia (usando as melhores), boa Engenharia, Urbanismo, Arquitetura etc. que devem evoluir para não sermos escravos do azar, ou sorte, como poderíamos dizer, de cair em buracos, tropeçar em barreiras, ser atropelados, bater com a cabeça em galhos de árvores e orelhões e uma infinidade de situações que só quem anda pela cidade e usa o transporte coletivo urbano conhece.
O desleixo chegou a ponto de termos varais sobre os passeios e ruas, com postes sobrecarregados e viabilizando acidentes inacreditáveis [(Cascaes, 2011) e (Cascaes, O resultado de um acidente de rotina em Curitiba - redes aéreas)]. A poluição visual é absurda e a fragilidade de redes de energia e telecomunicações é crescente, assim como o eterno conflito delas com as árvores, caminhões, automóveis etc..
Podemos promover uma revolução urbana impondo às concessionárias, sob rigorosa vigilância técnica, que aterrem seus circuitos e assumam, em consórcio com prefeituras e proprietários de imóveis, os aprimoramentos necessários.
Vimos nossa Presidente anunciando o que, esperamos, seja o primeiro grande plano a favor das pessoas com deficiência. O orgulho é muito maior, pois temos consciência de que a Ministra Gleisi Hoffmann foi decisiva nesse processo [ (Costi, 2011) (Gonçalves, 2011) (JOHANNA NUBLAT, 2011)], algo que a mídia ignorou, afinal ela é nossa senadora e não representa interesses estranhos...
Muito, muito mesmo pode ser feito em cima das concessionárias. Nelas temos a possibilidade de aplicação de recursos em pesquisa e desenvolvimento de soluções a favor das PcD, idosos e pessoas com problemas transitórios [(O que são os fundos de C&T), (MCT agora é MCTI, 2011)], basta usar parte da montanha de dinheiro que dispõem para investimentos em projetos a favor da PcD. Nessa área o potencial de inovações é infinito, viabilizando tecnologia nacional se alguns cuidados forem adotados quando da concessão dos empréstimos e recursos “a fundo perdido”, que não podem se perder em outras contas. Com essa introdução devemos manifestar aqui com imenso júbilo a criação do Centro de Tecnologia da Informação e outros compromissos do MCTI [ (MCTI PARTICIPA DE VIVER SEM LIMITE COM AÇÕES DE TECNOLOGIA ASSISTIVA.) e (Tecnologia pode garantir oportunidade a pessoas com deficiência, diz Mercadante)].
Nossas cidades e seus habitantes, inclusive o cidadão mais isolado que existir no Brasil, poderão ganhar muito se o Governo se unir a favor das 45 milhões de pessoas que, agora, o número aumenta sem parar, precisam dessa atenção.
Vale insistir, o anúncio do “Programa Viver Sem Limite” (VIVER SEM LIMITE - Perguntas e Respostas, 2011) pode ser complementado pela atuação das prefeituras, governos de Estado e principalmente as concessionárias de serviços públicos se intimadas, determinadas e provocadas a fazê-lo, inclusive via judicial, pois as leis existem, infelizmente não as respeitam. Têm boas bancas de advogados para defendê-las...
Melhorando seus serviços dentro dessa realidade (envelhecimento da população, crescimento do número de pessoas dom deficiência(s) em diversos graus e a importância de se proteger até nossas crianças), mudando o foco da tarifa para o aprimoramento tecnológico a favor da mobilidade, segurança e qualidade de vida do povo brasileiro, poderemos sentir em poucos anos mudanças consideráveis.
Atualmente as únicas cidades habitáveis são os shoppings centers, alguns clubes e escolas particulares e lugares especiais.
Não podemos continuar dependendo de motoristas, taxis, seguranças, apoio pessoais etc. para existir sem restrições.
A Tecnologia permite soluções espetaculares até no padrão dos passeios. Está na hora de exigirmos isso de nossas autoridades e concessionárias em todos os níveis e lugares.

Cascaes
21.11.2011

MCT agora é MCTI. (10 de 08 de 2011). Fonte: FINEP: http://www.finep.gov.br/imprensa/noticia.asp?cod_noticia=2637#
VIVER SEM LIMITE - Perguntas e Respostas. (17 de 11 de 2011). Fonte: Casa Civil: http://www.casacivil.gov.br/noticias/2011/11/perguntas-e-respostas
Cascaes, J. C. (20 de 10 de 2011). A necessidade de mudanças no sistema de transmissão de energia e comunicações. Fonte: Ponderações Engenheirais: http://pensando-na-engenharia.blogspot.com/2011/10/necessidade-de-mudancas-no-sistema-de.html
Cascaes, J. C. (s.d.). O resultado de um acidente de rotina em Curitiba - redes aéreas. Fonte: Ponderações Engenheirais: http://pensando-na-engenharia.blogspot.com/2011/11/o-resultado-de-um-acidente-de-rotina-em.html
Costi, M. (27 de 9 de 2011). Dilma lança plano inédito para deficientes . Fonte: O Cuidador : http://www.ocuidador.com.br/noticias_det.php?id=100
Gonçalves, A. (4 de Setembro de 2011). Plano Plurianual - O governo Dilma mostra a cara. Gazeta do Povo, p. 13.
JOHANNA NUBLAT, N. N. (27 de 9 de 2011). Dilma Rousseff lança plano inédito para deficientes. Fonte: Folha.com: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/981604-dilma-rousseff-lanca-plano-inedito-para-deficientes.shtml
MCTI. (s.d.). MCTI PARTICIPA DE VIVER SEM LIMITE COM AÇÕES DE TECNOLOGIA ASSISTIVA. Fonte: INOVAR UFES: http://inovarufes.wordpress.com/2011/11/18/mcti-participa-de-viver-sem-limite-com-acoes-de-tecnologia-assistiva/
O que são os fundos de C&T. (s.d.). Fonte: FINEP: http://www.finep.gov.br/fundos_setoriais/fundos_setoriais_ini.asp?codSessaoFundos=1
Tecnologia pode garantir oportunidade a pessoas com deficiência, diz Mercadante. (s.d.). Fonte: MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/334930.html